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Estilo da Vida saudável pode reduzir em 40 por cento o risco de cancro




Estudo publicado hoje critica o excesso de sal na dieta dos portugueses


26.02.2009 - 21:21 Por Andrea Cunha Freitas (in Público)



Um terço dos doze cancros mais comuns nos países ricos e um quarto dos casos nos países pobres ou em vias de desenvolvimento podia ser evitado com uma dieta equilibrada, boa nutrição e exercício físico.




Esta é uma das conclusões do relatório divulgado hoje pelo Fundo Mundial para a Investigação do Cancro (WCRF) que confirma e analisa detalhadamente o peso de um estilo de vida saudável na redução do risco de cancro. No caso do cancro da mama e do intestino, por exemplo, o risco cai 40 por cento. Os peritos terão deixado foras destas estatísticas a negra ameaça do tabaco.

Os valores podem ir desde os 75 por cento a seis por cento (ver caixa ao lado). É a margem de impacto que as nossas escolhas e o ambiente em que vivemos podem ter no risco de cancro. Exemplos: Aumentar a quantidade de vegetais e fruta ingeridos pode traduzir-se numa queda de 67 por cento dos casos anuais de cancro da boca, faringe e laringe. No cancro do esófago, estas opções associadas a um consumo reduzido de alcoól pode significar menos 75 por cento dos casos nos Reino Unido.
As consequências variam de país para país tendo em conta a análise dos respectivos consumos registados em vários indicadores. O relatório, intitulado Políticas e Acção para a Prevenção do Cancro, inclui uma referência específica a Portugal: o excesso de sal, que tem sido associado ao cancro de estômago. “Algumas dietas tradicionais, como as do Japão, Portugal e Brasil. são excepcionalmente salgadas”, critica o documento.

Actualmente registam-se 11 milhões de novos casos de cancro por ano e sete milhões de mortes. Em 2020, e muito devido à epidemia da obesidade, estes valores deverão aumentar +para 15 milhões de novos casos e 10 milhões de mortes. Os especialistas fizeram questão de apresentar uma lista de medidas a adoptar sem qualquer hierarquia. Fala-se mais um vez em evitar o açúcar, limitar o consumo de carnes vermelhas, beber pouco, comer cinco porções de fruta e vegetais por dia, fazer 30 minutos de exercício físico por dia, e evitar o excesso de sal de algumas dietas tradicionais, como a portuguesa.


Retirado e adaptado do Jornal Público

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